quinta-feira, junho 25, 2009
Aonde foi o QI do Roger?
domingo, junho 21, 2009
Quem tem samba com veneno não tem medo de saci
sábado, junho 13, 2009
The Lord of the Rings – O Senhor dos Anéis: uma volta a tempos mais simples
sexta-feira, junho 05, 2009
O ovo de cavalo - um causo alemão
Das Pferdeei
(Verfasser unbekannt)
Es war einmal ein Bauer, der hieß Hans, der ging in die Stadt zu Markte. Und als er da so herumschlenderte, sah er einen Händler sitzen, der hatte ein paar große Kürbisse zu verkaufen. Da fragte er ihn: "Bruder, was sind das für Dinger, die du da zu Markte gebracht?" - "Pferdeeier" antwortete der andere. "Ei, du liebe Zeit!", sagte Hans, "Pferdeeier? Die sind wohl sehr teuer?" - "Nun, bezahlen lassen sie sich noch", sprach jener, "sieh mal hier das rotbraune, das gibt einen prächtigen Fuchs und kostet nur zehn Taler!" Das dünkte Hans nicht allzu viel für einen schönen Fuchs - und schnell borgte er das Geld und kehrte zu dem Händler zurück.
Nun wollte er aber auch gern wissen, wie das Ei ausgebrütet werde; und der andere sagte ihm, er müsse es selbst ausbrüten. Und es dauere volle vier Wochen, bis ein Fohlen herauskäme! Während dieser Zeit dürfe er ja nicht von dem Ei aufstehen - und wenn er's einmal müsse, so möge er's ja recht warm zudecken. Auch solle er sich lieber die ganze Zeit von seiner Frau füttern lassen, damit er eine recht hitzige Brut habe.
Hans prägte sich alles ganz genau ein und eilte nun mit seinem Pferdeei nach Hause, wo er seiner Frau mit großer Freude erzählte, was für einen schönen Handel er gemacht habe. Er konnte kaum die Zeit erwarten, bis sie ihm das Nest zurechtgemacht hatte. Nachdem sie nun ein Bund Stroh im Stall ausgebreitet und in der Mitte eine Vertiefung für das Ei gemacht hatte, setzte sich Hans darauf - und seine Frau musste ihn füttern und noch einige Bund Stroh um ihn schütten, damit er auch eine hitzige Brut hätte.
Als nun endlich die vierte Woche zu Ende ging, da sprang Hans plötzlich auf und horchte an dem Ei und klopfte daran; aber der Fuchs wollte sich nicht rühren. Da konnte er seine Ungeduld nicht länger zügeln. Er nahm das Ei und ging damit hinters Haus, wo ein großer Stein lag, gegen den war er es. Und da der Kürbis innen schon ganz faul war, flogen die Stücke weit umher.
Und eins davon fiel in ein nahes Gesträuch, hinter dem gerade ein Fuchs lag und schlief. Der sprang auf und lief eilig davon. Da glaubte Hans, es sei sein rotes Fohlen und er rief immerzu: "Hiß, hiß!" Er meinte, wann's müde ist, wird's schon zurückkommen; aber es kam nicht. Hand ging endlich betrübt wieder ins Haus und nahm sich vor, wenn er wieder ein Pferdeei kaufe, hübsch im Stall zu bleiben, damit sein Fehlen nicht entwischen könne.
O Ovo de Cavalo
(Autor desconhecido)
Era uma vez um agricultor chamado Hans, que ia para a cidade, ao mercado. E quando ele passeava por ali, viu um negociante sentado, que tinha algumas grandes abóboras para vender. Então ele perguntou:
- Compadre, que tipo de coisa é essa aí que você trouxe pr'o mercado?
- Ovos de cavalo – respondeu o outro.
- Ai, que tempos! - disse Hans. - Ovos de cavalo? Eles devem ser bem caros?
- Ora, eles ainda pagam a si próprios – falou o outro. - Olhe só esse marrom avermelhado aqui, ele dá um esplendoroso cavalo de pelos marrom avermelhados e custa apenas dez táleres!
Para Hans, isto não pareceu muito por um belo alazão – e rapidamente ele foi tomar emprestado um dinheiro e voltou ao negociante.
Agora, ele queria saber também como o ovo era chocado, e o outro lhe disse que ele mesmo deveria chocar. E isso levaria quatro semanas inteiras até que viesse um potrinho! Durante esse tempo ele não poderia levantar do ovo, e se alguma vez precisasse, deveria deixá-lo bem coberto e aquecido. Ele também deveria, de preferência, deixar-se alimentar por sua mulher por todo o tempo, para que ele chocasse corretamente.
Hans memorizou tudo minuciosamente e correu com seu ovo de cavalo para casa, onde ele contou à esposa com grande alegria que belo negócio tinha feito. Mal podia esperar até que ela tivesse lhe preparado um ninho. Depois que ela espalhou um fardo de palha no estábulo e fez uma cova no meio para o ovo, Hans se sentou sobre ele – e sua esposa deveria alimentá-lo e ainda despejar em volta mais alguns fardos de palha, para que o ovo se aquecesse corretamente.
Quando finalmente a quarta semana chegou ao fim, Hans se levantou imediatamente, escutando o ovo e batendo sobre ele; mas o alazão não queria se mexer. Então ele não conseguiu mais dominar sua impaciência. Pegou o ovo e foi para trás da casa, onde havia uma grande pedra, contra a qual o bateu. E como a abóbora já estava bem podre por dentro, seus pedaços voaram para todo o lado.
E um deles caiu em um arbusto próximo, justamente atrás do qual havia um alazão adormecido. Ele se levantou de um salto e correu rapidamente de lá. Então Hans acreditou que aquela era o seu filhote e gritou sem parar: “Hei! Hei!” E pensou que, quando o cavalinho estivesse cansado, voltaria; mas não voltou. Hans, finalmente, voltou entristecido para casa e propôs-se que, quando ele comprasse um ovo de cavalo de novo, ficaria direitinho no estábulo, para que sua falta não pudesse se repetir.
quinta-feira, junho 04, 2009
Movimento Violão
O projeto intitulado “Movimento Violão” já acontece em Araraquara há cinco anos, e há três foi estendido para as cidades de Ribeirão Preto e São Paulo. Durante esse período, o Movimento se consagrou como o mais importante circuito de concertos do país dedicado a esse instrumento. Idealizado e coordenado pelo violonista araraquarense Paulo Martelli, o projeto traz artistas de alto nível, executando um repertório que vai do erudito ao popular, ocorrendo, geralmente, na última semana de cada mês.
O último concerto acontecido em Araraquara foi no dia 27 de maio e contou com a apresentação do próprio Paulo Martelli. Em seu programa, o músico executou Koyunbaba, do compositor italiano Carlo Domeniconi, peça já tradicional de seu repertório e que mistura influências da música turca; em seguida, executou ao violão barroco (violão de 11 cordas), adaptações de trechos da Suíte n. 2 para violoncelo e a da Sonata n.1 para violino do compositor alemão Johann Sebastian Bach; além do Prelúdio n. 5 do compositor e professor araraquarense Francisco Brasilino.
Infelizmente, como relata o próprio coordenador do projeto, na própria cidade de Araraquara o Movimento Violão ainda não conseguiu conquistar um grande público. Confesso que, embora não possa ir todos os meses aos concertos, jamais deixei a sala de nosso Teatro Municipal decepcionado. Pelo contrário, a cada apresentação me foi possível descobrir um novo encanto sobre este instrumento, hoje em dia, tão comum. É como se a cada interprete diferente que o tomasse, o violão adquirisse uma nova alma, uma nova voz, uma nova expressão...
Aproveitando-me do post anterior, sobre o disco Lute Music for Witches and Alchemists, poderia eu me questionar se aquela fabulosa Atlantis musical da música para alaúde não teria sido transportada para o violão. De fato, pode haver um pouco de verdade nessa questão, mas sem dúvida cada instrumento possui os seu encanto próprio, bem como as possibilidades de execução e de repertório.
De qualquer forma, espero ter despertado algum interesse sobre o Movimento Violão em meus leitores araraquarenses. Por ora, deixo-os com Paulo Martelli e seu violão barroco, executando o último movimento da Sonata n.1 para violino de J. S. Bach.
Vale lembrar que os concertos são gratuitos!