Estava trancado em meu quarto, estudando a estranha língua que todos entendem mas somente alguns poucos iniciados conseguem utilizar. Rodeado de livros e instrumentos, produzindo meus próprios sons e maravilhado com os sons alheios, ouço, de repente, estupefato, um som estranho ao meu ambiente. Vinha da sala, onde alguém distraidamente deixara a televisão ligada.
Fui até lá e vi que passava uma reportagem na televisão. Mostrava uma mulher já bem velha, de rosto marcado pela dor e pelo tempo. Mesmo assim, dançava alegremente ao som de seu próprio pífano.
Descobri o som da vida.
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